Friday, April 30, 2010

A espera foi bem vivida. Quando veio, me acostumei rápido com aqueles passos entre os meus, com as mordidinhas de carinho nos cabelos e nas orelhas, com o som que parecia um sorriso dentro da boca. Desse jeito, arrancava sorrisos meus fácil, fácil. Antes de ser uma chateação, acordar com suas mensagens passou a ser rotina. Antes despercebido, agora a saudade era gostosa. Minhas tardes em casa estavam sendo as melhores possíveis. Aí, sem aviso prévio, o que parecia impossível, aconteceu. O vazio, o nó na garganta e todas aquelas impressões que eu só tinha ouvido falar sumiram. O chão ficou firme, com cor, com vida. Mas espera, ainda existia algo amis. Podia não ser a mesma, mas pedia pela minha atenção. Aguardava ansiosa para me ver de novo, do jeitinho dela. Eu não resisti e fiz tal pedido. Foi aí que eu entendi que nada passa, mas que é preciso continuar sempre.

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